A dengue é uma doença infecciosa febril aguda, já bastante conhecida dos brasileiros, devido aos constantes surtos epidêmicos que acometem, ano a ano, principalmente os municípios de clima mais quente no país. A enfermidade é considerada um dos problemas de saúde pública mais preocupantes em todo o mundo, visto que não existe vacina para combatê-la e que o transmissor do vírus infeccioso, da família Flaviridae, que é o mosquito Aedes aegypti, inseto de origem africana, está presente na maioria das áreas urbanas. Então, o que podemos fazer para prevenir e controlar essa doença?

Por que é difícil acabar de vez com a doença?

Existem quatro tipos diferentes de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos, que são: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Por isso é que é difícil encontrar uma vacina que seja efetiva no combate às quatro modalidades da moléstia, muito embora cientistas de vários países estejam trabalhando há décadas nisso.

O que acontece com a pessoa infectada?

Os sintomas da dengue clássica iniciam de uma hora para outra e duram entre 5 a 7 dias. As pessoas que receberam picada do mosquito e foram infectadas podem apresentar alguns dos seguintes sinais: febre alta, dor de cabeça muito forte, dor atrás dos olhos, tontura, leve perda do paladar e apetite, náuseas e vômitos, cansaço ou moleza no corpo, dores nas articulações e nos ossos, dor abdominal, aparecimento de manchas e erupções na pele, principalmente no tórax e nos membros superiores.

E por que dizem que a dengue é tão perigosa?

Quando se é contaminado com um determinado tipo de vírus, o organismo cria anticorpos, e a pessoa não irá mais contrair a doença por esse mesmo agente, mas ainda pode ser infectada pelos outros três tipos. O grande perigo é quando ocorre o segundo ou terceiro episódio da doença, o que pode favorecer o desenvolvimento de formas mais graves da dengue, como a dengue hemorrágica, por exemplo, que traz sangramento de vasos da pele e de outros órgãos, queda de pressão arterial, tonturas e dores mais fortes do que a clássica. Essa conjuntura pode até levar à morte do paciente.

Então, quais são as melhores formas de prevenção?

Diante desse quadro, a melhor forma de se evitar a doença ainda é o combate ao mosquito transmissor do vírus. O Aedes aegypti prefere os climas tropicais e subtropicais, melhor ainda se a temperatura estiver entre 30 e 35 ºC, mas se adapta muito bem a ambientes adversos. A fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água, porém conseguem suportar até um ano de seca ou de baixas temperaturas. Depois que os ovos eclodem, as larvas ficam em meio aquático por uma semana, até atingir a forma adulta e ficarem prontos para picar qualquer pessoa, ao longo de sua breve vida de 45 dias.

O emprego de inseticidas acaba tendo eficácia local apenas, contudo não acaba com a grande quantidade de insetos espalhados na cidade, reduzindo-a não significativamente. As medidas relacionadas ao controle do mosquito nas residências são muito mais efetivas, devendo-se dar total atenção ao combate dos focos de acúmulo de água, que são os locais propícios para as fêmeas depositarem seus ovos.

Portanto, tampe reservatórios, tanques e caixas d’água; não deixe a água da chuva acumulada em lajes e calhas; encha de areia os vasos e pratos de plantas ou troque a água semanalmente dos jarros aquáticos; guarde as garrafas com a cabeça emborcada para baixo; coloque o lixo sempre em sacos plásticos e dentro das lixeiras; não deixe água dentro de pneus velhos, latas, copos, tampinhas de garrafas, tambores e muitos outros objetos. Pare para refletir onde na sua casa, ou nos arredores dela, pode ter água parada e abrigada em algum artefato, e corra para removê-la do local. Previna-se!

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