CONTROLE DE RATOS
O controle se baseia no manejo integrado – no conhecimento de biologia, hábitos comportamentais , habilidades e capacidades físicas do roedor, associado ao conhecimento do meio ambiente onde estão instalados
DIFERENTES FASES CONTIDAS NO MANEJO INTEGRADO DE ROEDORES
Inspeção – Inspeção da área a ser controlada – levantar informações e dados a respeito da situação encontrada para orientar as medidas que vem a seguir
Identificação – Consiste na identificação da espécie infestante, o que fornecerá através do conhecimento de sua biologia e comportamento, orientações a respeito do controle a ser estabelecido
Medidas corretivas e preventivas (anti-ratização) – è o conjunto de medidas que visam dificultar ou até mesmo impedir a penetração, instalação e proliferação de roedores.
Eliminação dos meios que propiciem aos roedores acesso ao alimento , abrigo e água.
Compreende ações de informação, educação e comunicação social à população envolvida na problemática.
É necessário :
1)Agilizar os serviços de coleta de lixo
2)Aprimorar a utilização de aterros sanitários
3)Participação da comunidade no controle e prevenção, melhorando as condições de moradia da população
Desratização – Todas as medidas empregadas para a eliminação dos roedores.
Métodos mecânicos – ratoeiras e gaiolas
Métodos biológicos – gatos outros predadores e bactérias letais
Métodos químicos – uso de raticida
A desratização deve ser acompanhada de medidas de saneamento, a fim de evitar a disseminação da população de roedores.
Em áreas endêmicas de tifo murino, recomenda-se a aplicação de inseticida local anterior ou simultaneamente á desratização para evitar que as pulgas dos ratos mortes busquem outros hospedeiros, inclusive o homem.
MÉTODOS MECÂNICOS
Incruentos – capturam o animal vivo (gaiolas)
Cruentos – Produzem a morte do animal durante a captura (“ratoeiras quebra-costas”) – são ótimas para camundongos, mas de baixa eficiência para ratazanas e ratos de telhado.
Ultra-som também é considerado método mecânico
MÉTODOS BIOLÓGICOS
O uso de cães e gatos parece não representar perigo contra os roedores , pois convivem com os mesmos alimentando-se dos restos de comida.
Na área rural, aves, carnívoros e ofídeos exercem atuação no controle de roedores
MÉTODOS QUÍMICOS
São compostos químicos especialmente desenvolvidos para causar morte do animal
Os raticidas podem ser classificados em agudos ou crônicos
A)RATICIDAS AGUDOS
Causam a morte do roedor nas primeiras 24 horas após a ingestão.
Foram proibidos no Brasil pq são inespecíficos, alguns deles não tem antídoto e podiam
induzir tolerância no caso de ingestão de subdoses.
São raticidas agudos a estricnina, o arsênico, o 1080 (monofluoracetato de sódio), 1081 (fluoracetamida), sulkfato de tálio, piridinil uréia, sil vermelha, fosfeto de zinco, norbomida, castrix e antú.
B) RATICIDAS CRÔNICOS
São os que provocam a morte do do roedor alguns dias após a ingestão do mesmo.
São largamente utilizados no mundo devido à sua grande margem de segurança e existência de antídoto altamente confiável, a vitamina K1 injetável
RATICIDAS ANTICOAGULANTES
* Os derivados da indandiona – pindona, isovaleril indadiona, difacinona e clorofacinoma
*Os derivados da cumarina (hidroxicumarínicos) – são os mais utilizados no Brasil e no mundo.
Os hidroxicumarínicos são divididos em dois sub-grupos segundo sua forma de ação e modo de apresentação.
A)QUANTO A FORMA DE AÇÃO
RATICIDAS DE DOSE MÚLTIPLA OU DE 1ª GERAÇÃO:
*Baixa toxicidade
*Efeito cumulativo – precisam ser ingeridos mais de uma vez para que os sintomas apareçam
*Por serem de baixa toxicidade, porém eficazes, são ideais para se manter nos postos permanetes de envenenamento durante todo o ano para controlar ratos invasores em áreas indenes sob risco ou áreas já tratadas e controladas.
*Ocorre o óbito desses roedores, 2 a 5 dias após a ingestão da dose letal, o que impede que os outros membros da colônia percebam o que os está eliminando.
*O cumafeno (warfarina) – é o mais empregado, é bem tolerado por aves e ovelhas porém exige cuidado com relação a cães e gatos, são altamente sensíveis .
*São comercializados também o cumatetralil e cumacloro.
RATICIDAS DE DOSE ÚNICA OU DE 2 ª GERAÇÃO
São aqueles que causam morte do roedor 3 a 10 dias após a ingestão de uma única dose.
Recomenda-se nova aplicação 8 dias após a primeira para atingir os roedores que por ventura não ingeriram o raticida da primeira vez .
Por serem mais concentrados devem ser utilizados com bastante cautela, critério e técnica para evitar acidentes.
B) QUANTO A FORMA DE APRESENTAÇÃO
ISCAS : constituída por uma mistura de dois cereais pelo menos (milho, arroz, cevada, centeio)
Estas iscas podem ser moídas na forma de um farináceo, peletizada formando pequenos grânulos, ou integrais contendo apenas grãos quebrados. Alguns fabricantes adicionam substâncias como óleo de côco e açúcar.
Podem ser dispostas de modo a serem facilmente encontradas pelos roedores.
PÓ DE CONTATO: Raticida formulado em pó finíssimo, para ser empregado nas trilhas e ninhos.
O pó adere aos pelos do roedor, que lambe o corpo ao proceder sua higiene ingerindo o raticida
São mais eficazes e concentrados do que as iscas – cuidado para não contaminar alimentos e causar intoxicações acidentais em animais não alvo.
BLOCOS IMPERMEÁVEIS
São constituídos por cereais granulados ou integrais envoltos por uma substância impermeabilizante, formando um bloco único, geralmente emprega-se parafina .
São utilizados em galerias subterrâneas, esgoto, canos de águas fluviais, canais de irrigação, canalização de fiações elétricas, na orla marinha ou ribeirinha, nas áreas inundáveis, onde ocorra disponibilidade de alimentos.
Geralmente possuem um orifício que permitem sua amarração.