QUAL A DIFERENÇA ENTRE DEDETIZAÇÃO E CONTROLE DE PRAGAS?
Dedetização nada mais é do que fazer a aplicação de produtos químicos.
Controle de pragas é um conjunto de ações que não depende somente do uso de produtos químicos também da manutenção predial, limpeza e higienização dos locais e o uso de barreiras físicas para impedir que as pragas entrem e se abriguem no local.
Diferença entre Controle de Pragas e Desinsetização
O esclarecimento da diferença entre o controle integrado de pragas e a desintetização se dá através da compreensão de cada um desses termos.
Controle integrado de pragas
O Controle Integrado de Pragas (CIP) consiste na análise dos riscos de infestação de cada local e no estudo do comportamento das pragas, assim podem ser 29 aplicadas medidas preventivas para evitar a infestação, como também medidas corretivas -caso a infestação já tenha se instalado. Logo, tem-se que o objetivo dessa ação se fundamenta em prevenir ao invés de combater. Desse modo, pode-se dizer que a base de tal processo é o controle da
acessibilidade das pragas à comida, água e abrigo, junto a isso, o CIP incorporou novas técnicas conforme o avanço da tecnologia através da utilização de agentes químicos, que tornou esse método e a manutenção de medidas as práticas mais empregadas. Além disso, deve-se incluir a orientação da população, saneamento básico e controles biológico e mecânico de pragas, sempre limitando o uso de pesticidas, a fim de evitar a contaminação dos indivíduos e do ambiente.
Essa técnica frequentemente utiliza o controle biológico, o qual utiliza predadores para controle das pragas, sempre combinado a outra prática, no entanto, tal aplicação depende da análise do comportamento das pragas alvo, deste modo, é viável usar diferentes técnicas sem afetar os demais seres vivos, inclusive o próprio ser humano.
Desinsetização (Dedetização)
O nome dedetização tem origem no DDT (Dicloro – Difenil – Tricloroetano), um veneno amplamente utilizado a partir da Segunda Guerra Mundial, hoje é proibido devido ao seu alto grau de toxicidade e contaminação do ambiente, assim sendo, o nome dedetização não é mais implantado, sendo desinsetização ou desinfestação com inseticidas, um termo mais correto e atual. Assim, essa visa a acabar com uma infestação já instalada ao usar apenas pesticidas, iscas, armadilhas e venenos destinados para cada situação, sem analisar o porquê da infestação.
Existem diferentes tipos de desinsetização, cada um destinado a um tipo de infestação: desintetização propriamente dita, desratização, além da eliminação de pombos, pequenos artrópodes e aracnídeos.
Diversos tipos de produtos químicos são empregados para a realização de uma desinsetização:
1. DDT, que foi utilizado principalmente para o combate contra a malária e, hoje está proibido pelos danos causados à saúde a ao ambiente.
2. Organofosfatos: causam paralisia no inseto.
3. Larvicidas e Adulticidas: Matam larvas e adultos, respectivamente.
4. Piretróides para insetos adultos.
5. Methoprene: hormônio sintético de inseto que causa disfunção hormonal em mosquitos imaturos; impede a maturação sexual do inseto.
O maior risco da aplicação desse método é a contaminação de pessoas presentes no local da aplicação, além da intoxicação de animais não alvos e contaminação do ambiente.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria das pessoas é contaminada por pesticidas de quatro maneiras:
1. Ao utilizar o pesticida;
2. Ao entrar em contato direto ou indireto com superfícies e objetos contaminados;
3. Ao ingerir alimentos e água contaminados;
Por isso, para a aplicação de pesticidas são necessárias medidas de prevenção de contaminação.
Comparação entre os métodos (Controle de Pragas e Desinsetização)
O controle integrado de pragas é empregado no combate de uma praga específica, sem afetar possíveis inimigos naturais, já a desinsetização afeta qualquer organismo, inclusive os que não são alvos e poderiam servir como controle biológico. Além disso, podemos citar também a preocupação com a contaminação do ambiente e do homem por ambas as práticas, por decreto, a desinsetização é obrigada a tomar todos os cuidados para que não ocorra contaminação, mas é um risco sempre presente, uma vez que se empregam venenos no combate à infestação.
Por sua vez, o CIP implica em menos riscos, pois seu foco é a diminuição do uso de pesticidas, assim, quando o faz tenta sempre minimizar os possíveis prejuízos.
Outro grande problema da desinfestação química é a adaptação evolutiva das pragas, as quais acabam se tornando resistentes aos venenos, o que acarreta um desenvolvimento de pesticidas cada vez mais agressivos e tóxicos. Isso se dá em virtude do processo de seleção natural, isto é, a sobrevivência dos seres mais resistentes garante a transmissão de tal característica para as gerações consecutivas.
Portanto, o emprego do CIP é mais vantajoso, pois garante a diminuição de riscos pela exposição de agentes químicos e contaminação do ambiente e do solo- além de diminuir a necessidade de pesticidas de ação mais intensa. Todavia, a desinsetização é mais rápida e eficiente, já que pode ser empregada em casos de infestação de alto grau. Paralelo a esse fato, devem-se analisar os custos, riscos e urgência de se aplicarcada um dos processos antes de optar por um deles.